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Equipe cirúrgica: como se livrar da improdutividade?

Sempre que há dificuldades relacionadas com a produtividade de uma equipe cirúrgica, é necessário compreender as razões que levam a essa situação, para depois solucioná-la. Na maioria das vezes, quando a equipe cirúrgica não está indo muito bem, a procrastinação pode estar marcando presença na rotina dos funcionários do centro cirúrgico do hospital ou da clínica.

Assim, a primeira etapa para deixar sua equipe mais produtiva é observar atentamente o desempenho individual de cada colaborador. Pessoas procrastinadoras têm o costume de criar desculpas para a sua improdutividade. Dessa forma, verifique se há algum funcionário com essas características e, para medir o volume e a qualidade dos trabalhos, desenvolvidos por ele, você pode estabelecer indicadores de performance ou metas. 

Saiba que a maior parte dos problemas podem ser solucionados por meio do diálogo. Após observar o comportamento da equipe cirúrgica e identificar de forma precisa os sinais de improdutividade, vale a pena chamá-la para uma conversa e dar instruções de modo a proporcionar uma melhoria no desempenho de todos. Nessa hora, é muito relevante exalar confiança, apresentar-se disposto a ouvir todos os lados e expor claramente quais as melhorias que você gostaria de visualizar na equipe cirúrgica. 

Além disso, o líder do grupo precisa achar meios de fazer com que o trabalho pareça mais envolvente. Quando for delegar alguma atividade, lembre-se de salientar a importância daquele trabalho ao funcionário. Somente assim, ele compreenderá a essencialidade da função que está cumprindo. 

Vale mencionar que treinamentos são técnicas importantes para aprimorar o desempenho das equipes. A realização de um treinamento sobre a produtividade da clínica ou do centro cirúrgico, pode ser de grande utilidade. Essa determinação pode mostrar aos colaboradores como organizar melhor as atividades, de modo a evitar a improdutividade, além de definir prioridades e práticas de concentração agradáveis para diminuir a procrastinação. Se for viável para você a contratação de um profissional, a internet oferece inúmeros conteúdos interessantes sobre o assunto e você pode compartilhar os que possuem mais qualidade com a sua equipe.

equipe cirúrgica
A produtividade da equipe cirúrgica é fundamental para preservar o nome da instituição hospitalar. | Foto: Freepik.

 

Após classificar os funcionários entre aqueles que realizam um trabalho produtivo e improdutivo, é necessário dar um feedback para aqueles que não estão entregando o combinado. Nesse sentido, se você identificou um ou dois colaboradores improdutivos, já chamou para um diálogo e não sentiu evolução nos resultados, chame-o novamente para conversar sobre o assunto. Muitos líderes acabam dispensando profissionais, sem antes darem a eles a oportunidade de poderem explicar sua perspectiva, ou expor suas dificuldades e outras questões relevantes. Em alguns casos, a improdutividade pode ser consequência de problemas de saúde e  bem-estar e, nessas situações, é importante que a corporação disponibilize os recursos para que ele possa receber os devidos cuidados. 

Porém, se mesmo após sucessivas conversas e feedbacks a situação não melhorar, daí vale a pena passar a considerar um desligamento. Essa é uma ação importante para não atrapalhar os demais, visto que, ao manter na equipe um colaborador que procrastina muito e não apresenta resultados tão eficazes, você beneficia os profissionais improdutivos e desanima os bons.

Como é composta a equipe cirúrgica 

O centro cirúrgico é formado por basicamente três equipes: equipe de anestesia, que é composta por médicos anestesiologistas; a equipe cirúrgica, que é composta pelo cirurgião, cirurgião assistente e instrumentador cirúrgico; e a equipe de enfermagem, que é constituída pelo enfermeiro c, enfermeiro líder, enfermeiro assistencial e técnico e auxiliar de enfermagem. 

Quais os cuidados de enfermagem para evitar a ISC?

A ISC é uma sigla para infecções em sítio cirúrgico (ISC), que por sua vez, consistem em processos infecciosos que danificam tecidos, órgãos e cavidades abordados em operações cirúrgicas. Elas podem ser consideradas uma dificuldade inerente ao procedimento cirúrgico e é preciso um grande esforço para mantê-las sob fiscalização, caracterizando-se como um dos indicativos de controle da qualidade do serviço oferecido pela corporação hospitalar. 

Embora a ocorrência de avanços tecnológicos, procedimentos e recursos para o cuidado à saúde, essa realidade ainda é comum nos hospitais do Brasil. 

A avaliação do profissional da saúde é indispensável para a percepção dos aspectos que podem vir a provocar e precaver a ISC, pois a noção sobre quais são os fatores de risco podem servir de medidas para a diminuição de sua ocorrência. Dessa forma, é a equipe de enfermagem, que passa um maior período de tempo cuidando diretamente do paciente e detém a competência técnico-científica para a execução dos cuidados pré-operatórios, que assume uma função fundamental no controle das infecções hospitalares. 

Assim sendo, as recomendações estabelecidas pelo Ministério da Saúde, a respeito das medidas de prevenção de infecção relacionado à saúde, no tocante aos cuidados pré-operatórios, são: banho e preparação da pele, tricotomia, antibioticoprofilaxia, antissepsia cirúrgica das mãos e utilização de gazes esterilizadas em embalagens individuais. 

Já as intervenções de enfermagem, no período intraoperatório, estão ligadas ao ambiente cirúrgico, à antissepsia cirúrgica das mãos com antisséptico degermante ou com produto à base de álcool, ao potencial de contaminação da ferida operatória, ao tempo de duração cirúrgica e à troca de luva estéril.

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O cuidado da equipe de enfermagem é fundamental para o sucesso de uma cirurgia. | Foto: Freepik.

 

Por fim, a assistência no período pós-operatório inclui o cuidado intransigente com a ferida cirúrgica e com os drenos. É necessário enfatizar a necessidade do uso de curativos com antisséptico, visto que o órgão de regulação e controle sanitário nacional brasileiro sugere como ação não recomendada o uso rotineiro de suturas e curativos impregnados com anti sépticos.

Como evitar erros cirúrgicos?

Para evitar erros cirúrgicos, é importante que a equipe cirúrgica realize um checklist em três momentos: antes da indução anestésica, antes da incisão cirúrgica e antes do paciente deixar a sala de cirurgia.

equipe cirúrgica
As equipes cirúrgicas de todos os estabelecimentos hospitalares devem seguir alguns protocolos. | Foto: Freepik.

Antes da indução anestésica

Os passos que devem ser feitos, antes da indução anestésica, são:

Confirmar os dados do paciente e o procedimento

Confirmar oralmente com o paciente sua identificação, o tipo de operação planejada, o sítio cirúrgico e a assinatura do consentimento para o ato cirúrgico. Quando a confirmação pelo paciente não for possível, no caso de crianças ou pacientes não capacitados, por exemplo, um tutor ou familiar poderá se responsabilizar por esta função.

Demarcar o sítio cirúrgico

A demarcação do local da cirurgia no corpo do paciente, com uso de caneta permanente, deve ser realizada nas situações em que o procedimento cirúrgico inclui lateralidade, inúmeras estruturas ou inúmeros níveis. O símbolo a ser usado deverá ser padronizado pela corporação, de modo a evitar marcas de duplo sentido como “x”, podendo ser usado, por exemplo, o sinal de alvo para esta finalidade.

Antes do paciente deixar a sala de cirurgia

Os médicos e enfermeiros devem:

  • Confirmar o nome da operação;
  • Averiguar se a numeração de instrumentos, compressas e agulhas está correta;
  • Verificar a identificação da amostra;
  • Documentar se existem problemas com equipamentos.
  • Verificar a segurança da anestesia:
  • Verificar o desempenho do monitor multiparamétrico;
  • Verificar alergias que o paciente possui;
  • Analisar as vias aéreas e risco de aspiração;
  • Analisar a avaliação de risco de perda sanguínea.

Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica)

Devem ser feitos os seguintes passos:

  • Identificar se todos os membros da equipe estão presentes;
  • Confirmar oralmente a identidade do paciente, o sítio cirúrgico e a operação;
  • Avaliar a previsão de eventos críticos.

Cirurgião

Prognosticar etapas críticas, se há a possibilidade da ocorrência de eventos críticos, o tempo de duração da cirurgia e perda sanguínea.

Anestesiologista

Conferir eventuais complicações relativas à anestesia e ratificar a previsão do uso de sangue, componentes e hemoderivados, além da presença de comorbidades e especificidades particulares do paciente passíveis de complicações, como doença pulmonar ou cardíaca, arritmias, distúrbios hemorrágicos, entre outros.

Equipe de Enfermagem

  • Validar oralmente a revisão das condições de esterilização, equipamentos e infraestrutura.
  • Ratificar a realização da profilaxia antimicrobiana: se foram controlados durante a última hora, antes da incisão da pele;
  • Verificar exames de imagem.

Quais medidas devem ser aplicadas em todos os procedimentos cirúrgicos?

Há cerca de 11 dicas voltadas às equipes multiprofissionais, que trabalham em centros cirúrgicos para reduzirem as probabilidades de complicações, decorrentes de um ato cirúrgico. Veja quais são: 

  1. Lavar e esfregar a mão de forma frequente com produtos a base de álcool em gel;
  2. Executar antissepsia da pele, utilizando a técnica cirúrgica e o devido antisséptico; 
  3. Utilizar trajes lavados em lavanderias convenientes; 
  4. Minimizar o tráfego na sala de cirurgia; 
  5. Seguir os protocolos de limpeza ambiental; 
  6. Estabelecer estratégias de precaução de ISC com os pacientes e suas respectivas famílias;
  7. Fazer uma listagem de verificação de segurança cirúrgica; 
  8. Estabelecer treinamento junto à equipe para evitar ISC;
  9. Minimizar a utilização de esterilização a vapor de ciclo rápido, de uso instantâneo; 
  10. Lavar muito bem os instrumentos antes da esterilização, ou desinfecção, realizando a inspeção da limpeza com a ajuda de uma lupa ou microscópio; 
  11. Informar sempre que acontecer uma quebra da técnica estéril e corrigir o equívoco assim que possível.

Qual o papel do técnico de enfermagem na prevenção de complicações cirúrgicas na clínica? 

Cabe a equipe de enfermagem focar energias no esforço para o controle e prevenção das infecções, haja visto que a enfermagem trabalha de forma constante e direta com o paciente, principalmente pela sua função ser visualizado como outro papel: o de “vetor de transmissão”. Portanto, seja através das mãos ou por meio do contato com os pacientes, a equipe deve inspecionar a limpeza. 

Dessa forma, o enfermeiro sendo o líder da equipe deve sempre, por meio da educação permanente ou contínua, possuir conhecimento e informações das práticas para os especialistas envolvidos nos cuidados, contribuindo, significativamente, para evitar a ocorrência das ISC e suas sérias consequências.

Quais as vantagens de incluir o software da SurgeMap no seu centro cirúrgico?

A SurgeMap é uma empresa que veio ao mercado para levar previsibilidade à gestão do seu Centro Cirúrgico. A inclusão do software da empresa, em sua instituição hospitalar, diminui o desperdício de tempo e recursos no andamento de tratamentos e procedimentos cirúrgicos. 

Através de uma interface moderna e intuitiva, a SurgeMap proporciona mais segurança e eficiência nas salas cirúrgicas. 

Por intermédio da integração de processos digitalizados e do fornecimento de informações gerenciais, a empresa otimiza a gestão dos centros cirúrgicos – por meio da entrega da visualização geral do seu funcionamento, o que reduz o número de procedimentos desmarcados por horários que se cruzam –,  aumenta a produtividade dos agendamentos, eficiência da equipe cirúrgica e reduz as despesas com estoque e almoxarifado e sem mudanças estruturais na rotina hospitalar, com a implantação da plataforma. Pode ter certeza que, com o software da SurgeMap, a ocorrência de ISC no seu centro cirúrgico reduzirá bruscamente.

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